Capítulo 1
Desejo & Obsessão - Capítulo 1
ANOS ATRÁS
MANICÔMIO SOLIDON
O sinal vermelho de alerta de uma fugitiva... Os cabelos loiros sobrevoam sobre a correria por longos corredores. Homens e seguranças vão atrás, uma mulher morta no chão e um travesseiro do lado. A mulher consegue chegar até o jardim, ao muro e pula... Logo depois, some...
RIO DE JANEIRO
Maria sai do táxi e corre até a porta de casa, tira os sapatos e entra devagar para dar um susto na mãe Sônia, ela sobe as escadas e então escuta uma conversa com sua irmã Dânia e Eric:
DÂNIA- Seu plano foi perfeito (entrega um pacote) aí está toda grana que combinamos, cédula por cédula sem tirar nem por. Agora estamos quites. Não vamos tocar mais neste assunto.
ERIC- Pode deixar meu amor, contando que depois fuja comigo, isso é o ideal. Precisando de mais um servicinho, só chamar.
Eles se beijam. Maria sai correndo, deixa cair um vaso, Dânia escuta e alerta Eric:
DÂNIA- A peste da minha irmã. De olho nela, acho que escutou nossa conversa.
ERIC- Será?
DÂNIA- Conheço ela bem, sempre tira os sapatos para entrar em casa, mas se escutou, temos que dar um jeito de calar a boca dela.
Maria desce as escadas chorando chamando pela mãe, ela vê a porta do quarto de hóspede aberto e então vai adentrando, quando avista marca de sangue sobre o chão e também sobre os lençóis, na cama Maria avista a mãe morta, com várias facadas sobre o peito, a cama encharcada de sangue, Maria pega na faca ao lado da mãe e começa a chorar. Neste instante chegam os policiais, a prendendo, Dânia sorri e na mesma hora chora:
DÂNIA- Assassina, eu te odeio, eu te odeio, tomara que apodreça na cadeia.
MARIA- Mas eu não fiz nada, nada. Dânia, eu estou grávida eu...
DÂNIA- Morra você e essa criança.
Maria é levada... Já no julgamento, Dânia atrás sobre ela julga a irmã:
DÂNIA- Minha mãe era a maior joia que alguém podia ter. Cuidava bem de todos nós. (chorando) Eu quero que prendam essa assassina, não é mais minha irmã, eu a desprezo, eu enojo essa fulana que um dia foi chamada de minha irmã. Desgraçada, apodreça na cadeia.
JUIZ- Declaro pelos jurados aqui presentes e todos os participantes que a réu Maria Dalva de Almeida e Fonseca ficará 20 anos de reclusão, condenada a assassinar á sangue frio a própria mãe Sônia Almeida e Albuquerque...
MARIA- (gritando) Eu sou inocente, eu sou inocente...
PRISÃO DE MULHERES
Maria acorda suada, ainda gritando inocente, assustando as outras mulheres... Maria levanta e então olha para a parede marcada com os dias de liberdade:
MARIA- Enfim é hoje... Depois de vinte anos, hoje eu vou ser liberta, graças a Deus.
Carcereiro- Vamos Maria, a diretora está lhe chamando.
Na sala da diretora...
DIRETORA- Você sempre foi guerreira, gostava de ver você sempre forte, enfrentando tudo e todos, sabe, eu queria ser como você. Que encarava o mundo não importasse as consequências.
MARIA- Acredite em Deus senhora diretora. Bem, chegou finalmente a minha hora de dizer adeus a esse lugar, passei anos da minha vida chorando, prometendo vingança e finalmente hoje, hoje eu vou sair, mas sair em busca da minha filha, sair em busca da minha inocência.
Elas se abraçam emocionadas. Maria pega a bolsa e finalmente sai. Assim que os portões se fecham, ela beija o chão. Uma amiga chega até ela e lhe dá um forte abraço. É Damaris...
DAMARIS- Livre amiga, agora você vai poder lutar pra encontrar sua filha.
MARIA- Minha filha e limpar o meu nome. Vamos pra casa, quero tomar um banho e dormir um pouco... Depois de vinte anos, dormir como nunca.
Maria e Damaris entram no carro e se vão.
EMPRESA “CHERMON”:
Várias essências sendo fabricadas... Eric louco no escritório atende telefones, celulares, secretária, até que se abre o elevador e Dânia com um vestido vermelho sai de dentro, desesperada corre até onde está o marido, tranca a porta e então solta o grito.
DÂNIA- Estou louca varrida. É hoje que a peste sai da cadeia. Vinte anos, é hoje que a Maria Dalva sai da prisão.
ERIC- E por que essa ceninha toda? Você não vai morrer por causa disso.
DÂNIA- Ah não vou? E se ela se vingar e se ela me matar ou tomar a Juliana de nós.
ERIC- Quem acaba com a vida dela sou eu... A Juliana é nossa filha e por mais que Maria venha dizer ao contrário, ela não vai acreditar.
DÂNIA- Se aquela desgraçada entrar novamente no meu caminho, eu a soco com a minha faca.
BANHEIRO DO COLÉGIO:
Juliana apreensiva aguarda o resultado do exame de gravidez...
JULIANA- Então meninas, qual é o resultado?
VENA- Negativo.
JULIANA- (respira fundo) Ufa, mais um alerta falso, graças a Deus.
VENA- Você bem que poderia fazer sexo com proteção né? Vai que um dia desses aí não sai negativo e você tem que esperar nove meses e tal...
JULIANA- Tapa essa sua boca com lata de lixo Genoveva. Maldição em mim não prega não! Cruzes.
A noite chega... Linda lua cheia ilumina o céu. Damaris entra no quarto de Maria, mas não a encontra.
Maria está na praia observando o luar, seus olhos enchem de lágrima quando ela lembra do nascimento da filha...
MARIA- Como você deve estar filha? Loira ou morena? Alta ou pequena? Gorda ou magra? (risos) Só sei que está com a Dânia, a pessoa que eu mais odeio em toda a minha vida.
Com essas palavras Maria se vira e então avista Dânia, também ali na praia, parece que tinha acabado de fazer uma caminhada... Maria vai se aproximando, até que Dânia se vira.
Elas se entreolham.
DÂNIA- (surpresa) Maria?
MARIA- Dânia... Enfim, frente a frente, depois de vinte anos!
Dânia e Maria se encaram.
(a cena congela e logo se estilhaça)
FIM DO CAPÍTULO
O encontro entre irmãs depois de 20 anos...
O que acontecerá?
Maria está pronta pra se vingar.
E amanhã:
Maria encontra com a filha no cemitério.