Capítulo 15
1/ RIACHO. EXTERIOR. TARDE
Carol e Mel correm aflitas até Douglas e o tiram do rio. Mel segura o ferrão (ou agulha) da arraia como se fosse puxar.
JÚLIO - NÃO!
Mel instantaneamente olha para Júlio assustada.
MEL - Júlio, o que foi?
JÚLIO - Deixa esse ferrão aí quietinho, é melhor!
MEL - Mas por quê?
JÚLIO - Dizem que pode ser perigoso tirar assim.
CAROL - Vamos levá-lo pra cabana?
DAVID - Não, isso pode fazer o veneno se espalhar pelo corpo, por esses locais que o veneno tá não é tão perigoso, mas dependendo se formos movê-lo pode ser mais perigoso ainda!
CAROL - Ok, então fazemos o quê?
DAVID - Vamos remover com cuidado isso. Parece que não entrou tão fundo assim.
JÚLIO - Certeza?
DAVID - Não, mas temos que tentar ou pode ser pior.
Carol com cuidado vai removendo a agulha até retirara-la e a coloca ao lado.
MEL - Pronto?
DAVID - Não, temos que sugar o veneno. Alguém vai ter que chupar o sangue dele.
CAROL - Mel?
MEL - Ok.
Mel coloca a boca no joelho e começa a sugar sangue e cospe fora em seguida. Mel se levanta e com água do riacho lava a boca.
JÚLIO - Ótimo, agora temos que estancar logo o sangue!
DAVID - Ok, vamos levá-lo pra cabana!
Carol, Júlio, Mel e Carol pegam ele e vão o conduzindo para a cabana.
2/ CABANA/ SALA. INTERIOR. TARDE
Todos entram carregando Douglas e o colocam cuidadosamente no sofá, Júlio, afobado tira uma agase da bolsa, ele coloca em Douglas, eles fazem o curativo. Todos respiram aliviados por um instante.
3/ ANOITECER. EXTERIOR. NOITE
Logo cai uma linda noite na ilha, a lua cheia para variar é dominante, a noite estrelada ilumina toda a ilha de forma linda, parecendo o verdadeiro paraíso.
4/ CABANA/ SALA. INTERIOR. NOITE
Todos estão tensos na sala conversando no chão enquanto Douglas está deitado no sofá desacordado seu joelho está totalmente roxo e um tanto inchado, todos estão extremamente preocupados com o herdeiro.
DAVID - Gente, será que fizemos certo?
MEL - Acho que sim!
JÚLIO - Vivo ele tá, acabei de checar o pulso dele.
CAROL - Ai Deus que nos ajude nesse inferno hein!
DAVID - E pensar que quando chegamos aqui achamos essa ilha o paraíso. Mas como os marinheiros disseram aqui é um inferno e o de nós estava apenas começando.
Todos se lembram:
Eles descem do navio, e colocam os pés na ilha. Todos param olhando para a magnifica paisagem que parecia o verdadeiro paraíso.
MEL - (Maravilhada) Pai do céu, nunca vi nada tão... Tão lindo em toda minha vida.
DAVID - (Boquiaberto) Isso aqui é o paraíso!
Eles param de se lembrar, continuam conversando, até que Douglas vai se acordando aos poucos.
MEL - Douglas!?
DOUGLAS - To me lembrando de tudo!
JÚLIO - Mas cuidado da próxima, quase que nos mata de susto!
DOUGLAS - Desculpa pessoal, mas eu não fazia ideia de que tinha uma arraia naquele riacho!
JÚLIO - O riacho é ligado ao oceano, é meio óbvio que o que tem lá terá ali também né!
DOUGLAS - É mas eu me esqueci... O importante é que eu to bem e que eu finalmente acordei.
JÚLIO - É mesmo.
MEL - Deve ser horrível quando você fica assim... Desacordado!
DOUGLAS - E é mesmo! Nisso que eu tava desacordado eu tive sei lá, um pesadelo...
CAROL - Que pesadelo?
DOUGLAS - Sei lá, parecia premonição... Eu tava na ilha andando de noite de um lado pro outro, quando eu comecei a ouvir vários ruídos assustadores... (Para Mel) Ruídos dele Mel!
Mel fica chocada.
MEL - (Assustada) Pool?
Douglas faz que sim.
DOUGLAS - E daí eu vi uma sombra branca em minha frente até que do nada eu dei um grito, tudo ficou mais escuro, totalmente escuro, parecia que eu havia ficado cego do nada e eu fiquei daquele jeito, até agora... Eu acho que eu morri no sonho Mel.
CAROL - Por que tá direcionando isso à Mel!?
MEL - Por causa do Pool, Carol, o tal fantasma... O Douglas sonhou que o tal fantasma matava ele.
CAROL - CREDO!
MEL - É mesmo!
DAVID - Ai gente vamos esquecer isso.
DOUGLAS - É... Irei tentar. Irei tentar.
5/ AMANHECER. EXTERIOR. EXTERIOR. DIA
Amanhece um lindo e ensolarado dia na ilha.
6/ CONTINENTE/ DELEGACIA. INTERIOR. DIA
Matias e Carine estão trabalhando revendo detalhes do caso de Samuel Stone.
CARINE - Então Matias novidade sobre o caso do Stone?
MATIAS - Sim!
CARINE - Quais!?
MATIAS - Eu mandei investigar todas as parentes dos herdeiros. Todos tem algum ente feminino na família, infelizmente e nenhuma delas tem cabelo castanho!
CARINE - É óbvio que qualquer uma delas pode ser a cúmplice do herdeiro ou herdeira assassino.
MATIAS - Isso já sabemos.
CARINE - Se pelo menos soubéssemos se a cúmplice é tia, mãe, namorada, irmã... Isso ajuda!
MATIAS - É mesmo, mas investigá-las não vai adiantar no momento, temos que no mínimo descobrir com a Luzia qual o grau de parentesco que a cúmplice tem com o assassino.
7/ CONTINENTE/ AGÊNCIA STONE/ ALMOXARIFADO. INTERIOR. DIA
Luzia está no almoxarifado, quando ela houve passos, ela vira para trás e se depara com Serafina entrando segurando sua bolsa.
LUZIA - Você... Fazendo o que aqui?
SERAFINA - Vim te ver!
LUZIA - Alguém te viu entrar?
SERAFINA - Óbvio que não... A agência mal abriu. Eu devo saber que não falou nada a polícia certo?
LUZIA - Certo, afinal você tem uma dívida comigo.
SERAFINA - Até quando você vai me extorquir hein? Eu te dou uma grana pra você sumir do mapa com seu filhinho e seu marido, o que acha?
LUZIA - Não agora. E quanto a sua dívida ela só acaba quando EU disser que acaba.
Serafina abre a bolsa e de lá tira uma pistola.
SERAFINA - Tá bom Luzia, eu tentei acabar com isso por bem, mas já vi que terá de ser por mal. Então a nossa dívida acaba AGORA com você indo pro INFERNO SUA CHANTAGISTA MISERÁVEL!
Serafina dispara três tiros com a pistola.