Capítulo 16

14/06/2013 12:37

Capítulo 16 - A Ilha do Tesouro

 

1/ CONTINENTE/ AGÊNCIA STONE/ ALMOXARIFADO. INTERIOR. DIA

Luzia está em choque com os tiros que acertaram numa caixa que estava ao lado dela, ela treme bastante. Serafina dá um sorriso nervoso e guarda a pistola na bolsa.

SERAFINA - Isso foi só um aviso, se eu tivesse disposta eu ACABAVA com você aqui e agora. Não tem quase ninguém aqui, eu saia sem ser vista numa boa!

LUZIA - Mas você não tem coragem.

SERAFINA - Se eu fosse você não duvidaria disso.

Serafina novamente coloca a bolsa sobre o balcão e a abre deixando Luzia trémula e totalmente aflita, Serafina olha para Luzia e tira um maço de dinheiro. Ela coloca o maço sobre o balcão.

LUZIA - Ufa! (Retomando a pose) Semana que vem quero minha parcela.

SERAFINA - Eu não sou bilionária Luzia!

LUZIA - Dane-se! Eu quero minha parcela pra semana que vem, ah e a polícia vai ficar bem na minha cola por isso nem pense em tramar algo contra mim ou minha família e eu sugiro que aguarde o MEU contato. (Sonsa) Bye bye querida.

Serafina sai furiosa. Luzia respira aliviada.

2/ CABANA/ COZINHA. INTERIOR. DIA

Carol, David, Douglas, Júlio e Mel tomam café tenebrosos sem sequer imaginar as fortes emoções que o dia ainda os reservaria.

CAROL - Pessoal já estamos a dias nesse inferno! Eu quero achar logo o tesouro e sair daqui, acho que já passou da hora de pararmos de corpo mole!

MEL - Eu concordo!

Douglas, David e Júlio olham para Mel com um olhar totalmente perplexo.

MEL - Gente... O que foi?

DOUGLAS - Você viu o que você fez Mel!?

MEL - Eu eu...

DAVID - Você concordou com a Carol!

JÚLIO - Eu não achei que fosse viver pra ver isso! Juro.

CAROL - (Irônica) Pela primeira vez a Mel tá sendo esperta nas suas decisões, amém!

MEL - Af! Não comecem! Mas gente, mudando de assunto vocês sabem que dia é hoje?

DAVID - Eu não faço conta.

CAROL - Muito menos eu.

DOUGLAS - Mas eu faço... Hoje é nosso 13º dia nesse inferno, o 10º dia da morte do Felipe.

MEL - Hoje mais do que nunca é perigoso pra nós!

DAVID - Por quê?

MEL - A cronologia!

JÚLIO - Que cronologia? Gente, to boiando!

MEL - O Pool ele mata primeiro todos que sabem de sua história, depois ele vai aleatoriamente. A primeira vítima é feita ao 3º dia na ilha, a segunda é feita no 13º dia, 10 após a morte da primeira...

Todos ficam aterrorizados.

DAVID - Ou seja... Se realmente for o Pool o assassino hoje teremos mais uma vítima.

MEL - Vou traduzir melhor pra vocês: se for o fantasma do Pool que assombra essa ilha hoje é o último dia de vida do Douglas ou de mim.

Todos se olham totalmente intrigados.

3/ ENTARCER. EXTERIOR. TARDE

A bela manhã se vai na ilha, logo surge uma linda tarde totalmente ensolarada, mas que para os herdeiros é marcada pela grande tensão.

4/ ILHA/ MATA. EXTERIOR. TARDE

Todos já estão terminando o trabalho de escavações no dia, já está faltando pouco para ficar escuro, todos cavam ao redor um do outro. Carol escava perto até de uma árvore, ao lado dela, até que do nada ela sente uma força e vai em direção a árvore.

CAROL - Ah!

Douglas vai até Carol e a ajuda, largando sua pá no meio da moita onde não é visível para nenhum deles que estava lá. Ele pega a pá e apoia em Carol.

DOUGLAS - Você tá bem!?

CAROL - Sim, sim foi só uma queda... Sei não se não fosse você e a prostituta que tivessem jurados de morte eu acho que isso seria coisa desse tal fantasma.

Douglas dá um sorriso tímido. Ele leva Carol apoiada para a cabana juntamente de sua pá.

5/ CABANA/ SALA. INTERIOR. TARDE

Douglas entra com Carol na cabana.

CAROL - Chega, to bem melhor agora. Pode me soltar.

DOUGLAS - Ok!

Douglas solta Carol. Logo Mel, David e Júlio retornam à cabana.

JÚLIO - Ufa, acabou mais um dia exaustivo de trabalho.

DAVID - É mas seria bem melhor se acabasse de uma vez com nós achando o tesouro.

DOUGLAS - Com certeza... E eu temo que eu não esteja vivo pra quando vocês acharem o tesouro.

DAVID - Credo Douglas! Vira essa boca pra lá!

Todos continuam tensos.

6/ ANOITECER. EXTERIOR. NOITE

Cai uma linda noite na ilha, a noite como sempre conta com o inebriante brilho da lua e das estrelas e com as ondas maravilhosas do oceano batendo na ilha.

7/ CABANA/ SALA. EXTERIOR. NOITE

Todos estão na cabana conversando, um tanto mais descontraídos.

DOUGLAS - Ai gente! Agora to me lembrando, eu esqueci minha pá lá no mato!

MEL - Douglas... Você tem certeza que quer ir buscar a essa hora a pá?

DOUGLAS - Absoluta! Vai que chove e enferruja aquilo.

MEL - É perigoso Douglas!

DOUGLAS - Se tivermos que morrer Mel o Pool vai nos matar de qualquer jeito!

Mel abraça Douglas.

DOUGLAS - Até daqui a pouco pessoal.

Douglas vai até a porta.

MEL - Espera! Eu... Eu... Vou com você!

DOUGLAS - Não precisa fazer isso Mel.

DAVID - Nenhum de vocês precisa!

DOUGLAS - Mel, tem certeza?

MEL - Absoluta! Se você for eu vou.

Douglas vai, Mel corre atrás.

CAROL - Eu também!

DAVID - E eu.

JÚLIO - Então iremos todos

Todos vão para a mata que está escura iluminando com suas lanternas.

8/ ILHA/ MATA. EXTERIOR. NOITE

Douglas e Mel estão perto um do outro andando pela mata. Douglas acha a pá.

DOUGLAS - Achei minha pá!

MEL - Ufa! Agora vamos voltar pra casa e avisar o pessoal.

Mel para um instante para gritar para o pessoal enquanto Douglas vai a passos lentos caminhando de volta para a cabana, ficando distante de Mel.

MEL - (Berrando) Pessoal pra casa já achamos a pá! Estamos indo!

Do nada as luzes de todas as lanternas começam a piscar, o desespero é geral. Ouve-se os gritos assustados de David, Júlio e Carol tentando se encontrar em meio a total escuridão.

MEL - (Berrando aflita) DOUGLAS!

DOUGLAS - (Gritando desesperado) MEL! Cadê você!?

Ao redor de Mel e Douglas o clima de tensão é total! Todos extremamente tensos, aflitos, desesperados. Ao redor de Mel e Douglas passa uma sombra branca, ouve-se um grito desesperado.

MEL - DOUGLAS!

O grito interminável de Douglas cessa, as luzes voltam. Mel passa a caminhar atordoada, chorando desesperada. Até que entra numa clareira da mata onde já estão David, Carol e Júlio olhando para Douglas que está morto, com o corpo completamente deformado. Todos ficam perplexos.

 

Congela em todos olhando aflitos para Douglas.

 


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