Capítulo 17
Capítulo 17 - A Ilha do Tesouro
1/ ILHA/ MATA. EXTERIOR. NOITE
Todos continuam em choque ao se depararem com o corpo de Douglas. David abraça Mel a consolando. Mel está arrasada.
MEL - (Chorando) Ele se foi... Eu serei a próxima!
DAVID - Calma Mel, tenha calma.
CAROL - Então é verdade! Todos estamos correndo risco de vida!
Júlio, abalado faz que sim.
JÚLIO - Eu não quero morrer nesse inferno!
DAVID - Nós temos que sair daqui, o mais rápido possível gente! (Abalado) Nós temos que sair desse inferno de um jeito ou de outro, senão vamos acabar assim, como ele e o Felipe.
MEL - Eu serei a próxima vítima.
DAVID - Você tem quebrar a corrente Mel, é seu único jeito de escapar!
MEL - Não! Eu não irei fazer isso. Eu prefiro morrer sozinha do que levá-los juntos comigo.
CAROL - Alguém tem que nos tirar desse inferno!
DAVID - Vamos jogar... O corpo do penhasco?
JÚLIO - Não temos outra opção.
MEL - Meu Deus, quantos mais terão que ser jogados penhasco abaixo!?
DAVID - E pensar que ontem a noite quando ele acordou ele previu a própria morte no sonho.
David e Júlio pegam Douglas desconsolados.
2/ ILHA/ PENHASCO. EXTERIOR. NOITE
David, Júlio, Mel e Carol vão até Douglas até o penhasco. David desconsolado dá uma última olhada para o corpo de Douglas e o lança penhasco abaixo, o corpo de Douglas despenca metro até que se espatifa no chão. Todos continuam inconsoláveis a beira do penhasco.
MEL - Eu vou morrer! E tenho que me conformar com isso!
DAVID - Por que Mel? Você pode lutar?
MEL - Lutar pra quê? Todos aqui lutaram, lutaram e lutaram e acabaram como o Douglas e o Felipe e eu vou acabar assim, e depois vou voltar pro continente com vida pra quê? Pra minha vida ser o mesmo inferno que era antes!? Eu não tinha nada a perder, mas daí você chegou na minha vida David... E o único motivo pelo qual eu ainda não me entreguei.
Mel abraça David chorando desconsolada.
3/ AMANHECER. EXTERIOR. DIA
Pela segunda vez na ilha o dia amanhece tímido, sem todo o brilho com o qual é de costume. O pesar de todos por Douglas ainda é muito forte, o medo de morrer também. O sol brilha bastante tímido.
4/ CABANA/ SALA. EXTERIOR. DIA
Mel está com olheiras, assim como todos, pela noite mal dormida, para Mel nem noite dormida teve, afinal ela sabia que certamente é a próxima vítima, o desânimo de Mel é tamanho que se aproxima ao de uma melancolia.
DAVID - Mel, não vai almoçar?
MEL - Não, to sem fome. Almoçar pra quê? Vai que eu morra mais rápido, poupa sofrimento.
David se aproxima de Mel e segura sua mão.
DAVID - VOCÊ TEM QUE LUTAR! Você é forte mulher, você é decidida, é firme! Nós vamos sair daqui vivos. Não vamos e não podemos morrer... Não assim... Não agora... Não por isso. Eu te amo e eu quero que você lute com todas as forças que você tem aí dentro. Quando a gente tá no fundo do poço e acha que não tem mais forças a gente tem duas saídas: ou fica lá e apodrece ou luta com todas as suas forças pra sair de lá! E você consegue tirar forças de dentro de si pra sair. Se não for por você, faça por mim, mas faça!
Mel abraça David.
MEL - Eu vou tentar David, eu juro que vou tentar!
5/ CONTINENTE/ AGÊNCIA STONE. INTERIOR. DIA
Mário vai até Luzia e a aborda.
MÁRIO - Oi Luzia.
LUZIA - O traidor resolveu falar comigo... Cadê a escuta?
MÁRIO - Luzia... Poxa é sério, eu sou seu amigo, to preocupado com você! Sai dessa Luzia, essa chantagem não vai te levar a nada. Você pode sair bastante ferida.
LUZIA - Mário deixa eu por favor.
MÁRIO - Luzia você é uma grande amiga. O que tá acontecendo com você!? ACORDA MULHER! Esse dinheiro tá te cegando, tá fazendo você se afastar das pessoas que te amam, tá colocando sua vida em risco, tá te tornando uma criminosa! É isso mesmo que você quer Luzia!? Você pode sair dessa limpa, ainda tem chance ou você só terá dois caminhos, a cadeia ou ser assassinada pela pessoa que você tá chantageando.
Mário se vai, Luzia fica pensativa.
6/ ILHA/ PRAIA. EXTERIOR. DIA
O dia está nublado, a praia está deserta, as ondas estão um tanto agitadas. Mel está na areia mexendo com um punhado que areia que está em suas mãos.
MEL - Por que meu Deus? Por que a vida foi tão injusta comigo hein? Tudo aquilo, depois o maldito Samuel entrou na minha vida... E eu nesse inferno e agora essa maldita tortura. Eu cansei! Eu cansei. Eu não aguento mais meu Deus, eu não aguento.
Mel se levanta, ela solta os cabelos olha para o mar e corre em direção ao mar. David está distante entra na praia. Ela vai entrando no mar com a intenção de logo se afogar.
DAVID - MEL!
Mel continua correndo em direção ao mar, até onde ela não já não consegue mais tocar a areia, Mel começava a se afogar, conforme a água ia a levando, mas água ela engolia, mas para o grande fundo do oceano Mel era arrastada, o belo azul do mar transformou-se num negro infinito que não haveria fim, os olhos de Mel cerravam por fim, para todos os efeitos seu misterioso sofrimento e seu marte de esperar a hora da morte apenas naquela ilha haviam acabado.