Capítulo 18
1/ ILHA/ PRAIA. INTERIOR. DIA
Mel continuava em meio ao oceano, desacordada. David nadava com todas as suas forças para socorrê-la temendo que já haveria de ser tarde. Mel já estava cansada de tanto lutar, não aguentava mais tanto resistir, suas forças haviam acabado em todos os sentidos. David consegue pegá-la, ele a leva até a praia, ambos encharcados, Mel já totalmente desacordada.
DAVID - (Chorando) MEL! Acorda Mel, por favor!
David coloca a sua boca na de Mel e começa a sugar a água, cuspindo-a depois e assim ele repete por diversas vezes. Mel aos poucos vai se reanimando.
DAVID - Você tá louca Mel!?
MEL - O que aconteceu David?
DAVID - Você tentou se matar e eu te salvei.
MEL - David... Eu... Eu... Eu não sei o que deu em mim. Eu queria acabar com tudo de uma vez.
DAVID - Mel, um dia de cada vez.
MEL - Eu quando tava desacordada... Eu tive uma espécie de sonho... Não não foi uma premonição, foi um sonho... Eram eles David.
DAVID - Eles quem?
MEL - Felipe e Douglas no meu sonho... Eles estavam de branco, com uma roupa linda, num lugar lindo e eles a todo instante não paravam de me dizer "Lute Mel, você consegue, lute! Faça o que for melhor, mas não desista." e é isso que eu vou fazer... Por mim, por você, por eles, o Samuel e o Pool não vão me ver no inferno por causa deles, não se depender de mim. Obrigado David por me salvar, obrigado.
David e Mel se abraçam, ambos totalmente emocionados.
2/ ANOITECER-AMANHECER. EXTERIOR. PASSAGEM DE TEMPO
Passam-se 2 dias na ilha, a vida de todos vai seguindo em busca do tesouro e ameaçados pela maldição da ilha.
3/ CABANA/ SALA. EXTERIOR. DIA
Todos tomam café da manhã tranquilamente.
MEL - Gente, ficar nessa ilha está se tornando perigoso... Eu tenho uma medida pra evitar que mais sangue derrame, mas eu acho que não será muito aceita.
DAVID - Que medida é essa?
JÚLIO - Fale!
MEL - Melhor deixar quieto.
CAROL - Agora que começou, termina!
MEL - Indo construir nossa canoa e deixar essa ilha o mais rápido possível com ou sem o tesouro. Então, aceitam?
4/ CONTINENTE/ AVENIDA. EXTERIOR. DIA
Luzia está dirigindo seu carro, prestes a encontrar-se com Serafina, há um carro com detetives a seguindo. O sinal da rua fecha, Luzia aproveita para passar maquiagem, ela olha no espelho e percebe que tem um carro o seguindo.
LUZIA - FDPs! Estão me perseguindo! Vou ter que despistá-los!
Luzia pega o celular e liga para a Serafina dirigindo, enquanto o sinal abre.
LUZIA - Serafina você vai ter aguardar aí, eu to sendo seguida pela polícia não vou poder passar aí na sua casa agora. Em mais ou menos 1h eu to chegando. Perai, um jeito de tirá-los de minha cola, já sei qual é!
Luzia desliga o celular e para o carro em frente a uma lanchonete, ela desce e entra na lanchonete espionando o carro. O carro que a segue encosta quase que na frente da lanchonete. Luzia compra 2 lanches e 2 latas de refrigerante, ela sai da lanchonete e vai até o carro dos detetives, para o susto deles fazendo sinal para eles abaixarem a janela. Os detetives assustados abaixam.
LUZIA - Olá pessoal, eu sei que me seguir deve ser bastante exaustivo, afinal eu não paro quieta, aceitem este lanchinho.
Luzia, cínica entre o lanche para ambos que pegam e olham para ela perplexos. Luzia sorri para ambos e entra em seu carro, ela parte olhando para o retrovisor e percebe que os carros não estão mais a seguindo, ela dá um sorriso enigmático.
5/ CABANA/ SALA. INTERIOR. DIA
DAVID - Eu aceito.
JÚLIO - Eu também.
DAVID - E você Carol?
CAROL - Não tenho outra opção né. Mas vamos dividir o trabalho, enquanto 2 constroem a canoa, 2 procuram o tesouro e assim vamos revezando.
DAVID - De acordo.
JÚLIO - Ótima ideia.
MEL - É... Boazinha.
6/ ILHA/ PRAIA. EXTERIOR. DIA
David está começando a construir a canoa, ao lado de Mel.
MEL - Pelo jeito vai precisar de muito mais folha de bananeira, vou lá pegar!
DAVID - Ok.
Mel sai para pegar as folhas de bananeiras na mata.
7/ ILHA/ MATA. EXTERIOR. DIA
Carol está na mata caçando afobada, ela não percebe que da moita próxima ao riacho vem saindo uma jiboia, Carol continua cavando, até que a jiboia começa a enrolar Carol pelos pés, Carol cai e a jiboia vai enrolando Carol. Carol se desespera.
CAROL - SOCORRO!
Mel que estava ao lado corre até aquele ponto da mata e se assusta ao ver Carol daquele jeito com a cobra a enrolando.
CAROL - ME AJUDA MEL, PELO AMOR DE DEUS! Me ajuda!
Carol estende a mão para Mel em tom de súplica. Mel fica indecisa se ajudará ou não a rival.