Capítulo 19

19/06/2013 15:21

 

1/ ILHA/ MATA. EXTERIOR. DIA

Mel rapidamente abre sua mochila tira um machado e parte para cima da jiboia acertando-a por diversas vezes a matando. O sangue respinga em Mel e em Carol, Carol consegue se desprender do corpo da jiboia, perplexa.

MEL - Pronto, está salva.

Mel puxa uma folha de bananeira e enxuga o sangue do machado, ela guarda o machado na bolsa e caminha para voltar onde estava, Carol continua estática perplexa com tudo que aconteceu.

CAROL - Mel... Espera, por favor!

MEL - O que foi?

CAROL - Eu... Eu... Eu só quero agradecer por ter me salvado... Obrigado.

MEL - De nada.

CAROL - Eu não sei se faria o mesmo por você... Depois de tudo que fizemos uma pra outra você ainda me salva, por quê?

MEL - Quer realmente saber? Porque nem todos são rancorosos como você.

Mel se vai, Carol continua perplexa.

2/ CABANA/ SALA. INTERIOR. DIA

Carol entra perplexa na cabana onde há apenas Júlio. Júlio se choca ao ver o estado da roupa de Carol totalmente manchada de sangue.

JÚLIO - Carol!? O que aconteceu? Você tá bem!?

CAROL - To sim Júlio, to!

JÚLIO - O que aconteceu!?

CAROL - Uma jiboia me pegou, ela tava me enrolando, já tava me sufocando, quando advinha quem me salvou.

JÚLIO - O único que pode ter sido é o David.

CAROL - Errado, foi a Mel.

JÚLIO - O quê!?

CAROL - Exatamente o que você ouviu, a Mel me salvou... É eu também fiquei com essa reação.

JÚLIO - Nossa, por essa eu não esperava!

3/ ILHA/ PRAIA. INTERIOR. DIA

Mel continua na ilha construindo o barco junto com David.

MEL - Finalmente vamos sair daqui!

DAVID - É, mas Mel, depois que construirmos a canoa ainda vamos procurar mais o tesouro.

MEL - Então sairemos daqui quando?

DAVID - Amanhã à noite apenas.

MEL - Ok! O importante é todos sairmos daqui com vida!

David sorri, ele e Mel se abraçam e logo em seguida se beijam apaixonadamente.

1 DIA DEPOIS

4/ ILHA/ CABANA. EXTERIOR. DIA

Todos tomam café sorridentes com a canoa já pronto para eles saírem da ilha.

MEL - Graças a Deus vamos sair hoje daqui!

DAVID - Hoje à noite.

CAROL - E o tesouro? Gente, 1 bilhão e meio de dólares mas uma penca de imóveis e uma agência!

JÚLIO - Primeiro a gente tem que pensar na nossa sobrevivência, de que adianta acharmos o baú e morrermos no minuto seguinte?

CAROL - Credo!

MEL - Vamos fazer assim: saímos daqui assim que der, acabando esse café, voltamos pro continente pegamos um navio e voltamos aqui, servirá pra tranquilizar nossos parentes. Os do que ainda estão vivos. E depois podemos sair e voltar com mais recursos e suporte pra achar o tesouro, sem aquelas exigências absurdas de navio pirata, marinheiros, etc.

DAVID - Ótima ideia.

CAROL -Vendo por esse lado.

JÚLIO - Concordo! Bom, vamos indo.

Todos terminam seu café da manhã, olham esperançosos para a cabana, respiram fundo. Num momento de descontração e amizade mútua dão as mãos e se abraçam, todos. Eles pegam suas mochilas, David pega a cabana e todos saem da cabana, achando que seria a última vez.

5/ ILHA/ PRAIA. EXTERIOR. DIA

Todos chegam na praia que está com um mar calmo, o dia está lindo e ensolarado. Eles param de frente a praia.

DAVID - Lembram gente? Quando chegamos aqui.

JÚLIO - E achávamos isso aqui o paraíso.

CAROL - Mas aqui é o verdadeiro inferno, nem acredito que to saindo daqui.

MEL - E a gente vai voltar pra colocar a mão nesse maldito tesouro.

DAVID - Pra você ver Mel até onde nossa ambição nos levou. Prontos pessoal?

MEL - Há tempos!

JÚLIO - Com certeza!

CAROL - Sim!

Eles colocam a canoa na água, eles vão pegar as mochilas, do nada o céu fecha e em questão de segundos cai uma chuva torrencial, os herdeiros tentam rapidamente correr até a canoa que é levada pelas ondas do mar que se agitam por causa da tempestade. Todos ficam furiosos, acolhidos debaixo dos coqueiros ficam pasmos com tamanho azar.

JÚLIO - DROGA!

MEL - É ele!

Após a canoa já estar bem distante, a chuva vai diminuindo gradativamente, até o sol ir em questão de poucos minutos iluminando o céu. Mel corre até a areia e olha para o céu.

MEL - DESGRAÇADOS! MORRAM DIABOS, DEIXEM-NOS EM PAZ ESPÍRITOS DOS INFERNOS!

Mel leva a mão a cabeça, cai de joelhos no chão e começa a chorar desconsolada.

DAVID - É ele não é Mel? Pool?

MEL - Sim... Esse desgraçado fez isso!

Mel se levanta com um olhar de ódio.

MEL - Gente eu quero de uma vez por todas quebrar a corrente e contar o tal mistério dessa ilha.

DAVID - Eu estou disposto a ouvir.

JÚLIO - Eu também.

DAVID - E você Carol?

CAROL - Ah gente... Não sei... (Respirando fundo) Ok, eu aceito.

MEL - Mas saibam que se eu contar TODOS, SEM EXCEÇÃO ESTARAM CORRENDO RISCO DE VIDA. Ou seja, qualquer um de nós podemos ser a próxima vítima dele! A VIDA DE VOCÊS TAMBÉM ESTÁ EM JOGO!

 

Congela em Júlio, David e Carol assustados e pensativos.