Capítulo 3

08/08/2013 18:16

Continuação do capítulo anterior: Maria e Juliana frente a frente, mãe e filha, Maria emocionada, chora ainda mais. Maria dá um abraço em Juliana e ela não entende.

 

JULIANA- O que há? Você ainda não respondeu... Por que chora no túmulo da minha avó?

Maria- Por que eu... Eu também a conheci, era uma grande amiga minha, uma verdadeira amiga.

JULIANA- Eu não cheguei a conhecê-la, sei que deve ter sido uma mãe e amiga zelosa. Bem, vou nessa. Vim colocar essas rosas no túmulo dela.

MARIA- Qual é o seu nome menina?

JULIANA- É Juliana, e o seu?

MARIA- O meu? É Dalva.

JULIANA- Humm, até mais então Dalva. (e se vai)

MARIA- Deus... É ela Damaris, ela é a minha filha, a minha filha... Eu a vi, eu a reencontrei.

DAMARIS- Calma, não exagere, você sabe que pra ela você não existe.

MARIA- Mas um dia, um dia eu ainda vou existir.

 

EMPRESA:

CIRO- E o que faço quando encontrar essa tal de Maria Dalva?

ERIC- Precisa mesmo dizer? Mate ela sem dó nem piedade. Vai receber uma boa grana por isso, pode ter certeza.

CIRO- Tudo bem, ainda hoje eu executo o plano.

ERIC- Ela mora com a tia, Damaris e você já sabe o endereço, assim que sair de casa, você a executa.

CIRO- Sim, tudo certo então. (e sai)

ERIC- Agora a Dânia pode deitar tranquilamente.

 

COLÉGIO AMPARO:

 Vena pede para ir ao banheiro, Teresa dá o positivo e então ela sai. Carlos aproveita e pega cola colorida “amarela” e coloca na cadeira da colega de classe. Ao voltar, Vena senta sem perceber. Os garotos sorriam e então ela percebe e se levanta. A sala toda começa a chacoalhar com a cara de Vena que apenas fecha os olhos e senta novamente voltando a fazer as atividades. Teresa como sempre observa a aluna com tanta calma e paz em si. Carlos chega perto da orelha de Vena sorrindo:

 

CARLOS- Fez cocô nas calças... Fez cocô nas calças... Eca que nojinho! Kkkkk.

 

Vena apenas escuta e continua fazendo as atividades. Carlos fica sem graça. Juliana sobe na cadeira:

 

JULIANA- Por que vocês tem que fazer isso? Só por que ela se veste mal? Ou por que ela sabe mais do que qualquer um daqui da sala? A cada dia que passa vocês me fazem sentir nojo, nojo de dividir a mesma classe do que garotos palermas e ridículos como vocês.

LAURA- Ei, não me venha colocar no meio da história sua loira oxigenada!

JULIANA- Você não pode falar nada Laura... Já esqueceu que foi encontrada pelo diretor fazendo o que não devia no banheiro masculino do colégio e ainda teve gente que fotografou.

LAURA- Não precisa lembrar.

JULIANA- Eu só espero que um dia vocês tomem vergonha na cara e comecem a ver a vida de outra forma.

TERESA- E eu apoio. Chegará o dia que vocês irão pedir perdão para a Genoveva.

CARLOS- (se levanta) Nem que eu estivesse com AIDS que eu pediria perdão pra essa feiosa. (risos)

TERESA- Cuidado Carlos, o dia de amanhã ninguém sabe, principalmente com a fama que você tem.

 

Carlos e Teresa se olham. A tarde passa... Chega a noite.

 

RUA: CASA DE DAMARIS:

Damaris olha da janela discretamente, sem que Ciro a veja e então alerta a sobrinha:

 

DAMARIS- Tem um homem lá fora que não para de olhar pra cá, toma cuidado Maria.

MARIA- Deve ser capanga do Eric, o Ciro, sempre foi, conheço essa parceria de anos, eu já sei o que vou fazer, se ele fizer o que estou pensando, será tudo o que precisava pra dar inicio ao meus planos.

DAMARIS- Prometa que tomará cuidado?

MARIA- Me espere para a nossa madrugada. Mas saiba que você terá que me ajudar.

DAMARIS- Tudo bem...

 

Ciro aguarda a saída de Maria, assim que ela sai, ele coloca uma máscara e vai atrás.

 

No jantar, Juliana alegre, Eric pergunta desconfiado:

 

ERIC- Filha, por que tanta alegria?

JULIANA- Não é alegria e sim entusiasmo.

DÂNIA- Por que esse entusiasmo todo? Alguma coisa em especial?

JULIANA- Quando fui ao cemitério levar flores, tinha uma mulher lá ajoelhada e chorando... Eu perguntei por que ela me disse que era amiga verdadeira dela.

ERIC- Sua avó era muito boa, todos gostavam dela.

DÂNIA- Eu sinto muitas saudades dela e responda filha, qual era o nome dessa mulher?

JULIANA- Ela me disse que era Dalva, mas percebi que estava mentindo.

 

Dânia deixa cair uma colher. Está preocupada, olha diretamente para Eric e vice-versa.

 

DÂNIA- Dalva? E falou de que?

JULIANA- Não, mãe por que vocês ficaram nervosos, o que há?

DÂNIA- Nada filha, não se preocupe, não há nada. Agora vá se deitar, amanhã iremos á missa. (Juliana sai) Ela começou meu amor... Aproximou-se da nossa filha.

ERIC- Não se preocupe, foi a primeira e a ultima... Ainda hoje ela morre.

DÂNIA- E quero sentir este gosto.

 

Eles tocam as taças. Maria continua andando tranquilamente e começa a correr, Ciro vai atrás... Mas a perde. Ciro vai andando quando se depara com Maria, ela sorri e então lhe dá um soco, ele desmaia.

 

CABANA:

Ciro acorda, está amordaçado e amarrado á uma cadeira, na sua frente Maria está com a arma apontada para seu cérebro:

 

MARIA- Se acha esperto não é Ciro? Mas eu ainda sou mais do que você, veio me matar a mando do Eric não é? Responda seu idiota, seu corno. (tabefe) O que eu te fiz pra que você me matasse? O que? Bem Ciro, tenho uma proposta muito maior do que o do Eric, eu vou lhe pagar o dobro e ainda te dar um cargo na empresa, um cargo que você mereça, só pra mentir pra minha irmã e pro Eric. Mentir que você me matou e ainda provar para eles. (arranca a mordaça)

CIRO- Como?

MARIA- Vou me fingir de morta e você vai tirar fotos, eles são burros, vão acreditar... E então, é pegar ou largar.

                     

Ciro pensativo.

(a cena congela e logo se estilhaça)

FIM DO CAPÍTULO

 

Será que Ciro aceitará tal proposta?
Maria inicia seus planos contra Eric e Dânia.
Até onde Maria levará esta história?